blog caliente.

5.6.05

Dói-te um braço? Tens de ser paciente.

É corrente sentir-se incómodos indefiníveis. Não se lhes alcança ciência pela razão, que não os compreende. Não se exteriorizam, porque não se sentem; apenas ocupam espaço. Não se sabe porque é que surgem nem se sabe porque é que acabam. Mas acabam. Acabam porque, mesmo incompreensíveis (ou por isso mesmo) pomos-lhes fim. Como uma nuvem cinzenta, se se pudesse dissipar ao primeiro sinal de que alguém a quer ver longe.
O problema, assim, reduz-se ao durante. Incomoda enquanto dura, invasivamente difuso. Mas acaba, acaba sempre. Lê-se, n'A Bíblia do branco mais negro do Brasil, assim: A Bíblia já dizia/Pra quem sabe entender/Que há tempo de alegria/Que há tempo de sofrer/Que o tempo só não conta/Pra quem não tem paixão.

Isto nem sequer tem entrelinhas, mas eu sei que não fui clara. Bastava-me, de facto, ter dito que com cinco ou seis traços, é fácil fazer um castelo.

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