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3.6.05

Esclarecimentos às breves notas sobre as reclamações do Alonso

Na posse de mais alongadas explicações do Alonso sobre as suas idiossincracias antropológicas, cumpre-me clarificar as breves notas com que, humildemente, comentei ontem as aventuras do Alonso.

Assim, corrijo:

1. O Alonso não é exactamente um conformista. O Alonso é, antes, um conformista atávico, resignado com um certo destino que, segundo diz, lhe é pré-determinado. Sem o dizer expressamente, o Alonso mostra ser um ocidental atípico: ele gosta de ser português da mesma forma que um francês gosta de ser francês, com a diferença de que tem pudor em admiti-lo.

2. Reitero com firmeza: o Alonso é um passadista. Basta falar naquela referência, em passant, à Ponte Salazar, a que acrescenta uma risadinha nervosa. E está tudo dito.
Quanto à sua vertigem para aquilo a que chama arte "pictórico-trágica" eu tenho cá um palpite, que avanço desde já. As artes plásticas (do sub-tipo pictórico-trágico, bem entendido), os livros de banda desenhada e os jogos de computador em que o Alonso conquista o Norte de África são, para ele, conceitos difusos (e confusos). O Alonso pensa na Armada Invencível como pensa quando se imagina Rommel conquistando a Mauritânia. Ou isso.

3. No restante, mantenho tudo. O Alonso é indesmentivelmente tribal, como é sanguinariamente snob e essencialmente forreta. Se por cada cem utentes dez fossem como o Alonso, a despesa pública diminuía no mínimo para metade, tantos seriam os funcionários públicos a demitir-se ou, quem sabe, a cometer suicídio.

4. Complementarmente, assinalo ainda a notável habilidade do Alonso, da qual o seu último post é notório exemplo, para falar à Jardel.

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