blog caliente.

5.8.04

O filósofo

De fotografia, percebo muito pouco. Apenas o suficiente para, raras vezes e quando me empenho, registar longinquamente aquilo que Henri Cartier-Bresson dizia ser essencial na fotografia: que os fotografados se revejam na foto. De modo que, sabendo da sua morte hoje na TSF e sabendo, também, que Cartier-Bresson foi sócio de Robert Capa, de quem o besugo falou aqui há uns tempos, tratei de procurar no google a saber da sua obra, de que há abundante informação. Descobri uma infinidade de fotografias, todas carismáticas, sedutoras, extractos perfeitos de histórias reais, como se pudéssemos adivinhar-lhes o passado e o futuro. Cartier-Bresson registava o exacto segundo em que o acontecimento se eternizava. A realidade transformada em arte e, portanto, em beleza genuína. Que, afinal, já lá estava.

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