Indigo
Ler a Lolita, essa uruguaia "peñarolista" reconvertida em portista irredutível, fez-me bem. Ela não disse, mas foi mostrar o estádio ao filho, que é um erudito da bola de alta perigosidade. Eu conheço a peça (o filho) e sei do que falo.É engraçado. Não consegui ler nada, em lado nenhum, sobre o estádio do Benfica (a nova catedral...) que se pudesse comparar, na emotiva singeleza, àquilo que a Lolita escreveu sobre o estádio do Dragão. A Lolita é uma espécie de Sousa Tavares, em mais bonito e menos desértico. Sim, talvez eu tenha um cromossoma Y faccioso.
Aliás, como Sousa Tavares ( e como Lolita, olé!), eu não concebo que se fale de emoções sem ser com muita carga de parcialidade.
Lolita, minha inimiga mais amiga de todo o sempre: este sportinguista esquerdófilo e quase sempre derrotado (porém, nunca convencido) te oscula a testa inteligente e lutadora, te afirma admiração e carinho e te assegura, por ser de justiça, sem cunhas e sem empenhos (que os senhores nem me conhecem), o prémio Mata-Mouros para o "melhor pôr-do-sol azul indigo" desta vida. Nem sequer é só o melhor desta semana.
E confessem que é muito justo.
<< Home