"Crimes and misdemeanors"
Veio-me à memória este filme do Woody Allen (não pelo filme em si, apenas pelo título) a propósito da recente aventura dessa figura ímpar do nosso Portugal que é o José Castel Branco.Ao que parece o senhor cometeu uma infracção aduaneira por ter vindo passear a Lisboa acompanhado de dois milhões de dólares de jóias sem o ter declarado.
Misdemeanor...
Na sequência do escândalo, a SIC transmitiu uma reportagem em que o dito senhor, enquanto se passeava à beira da piscina de um hotel de 5 *****, se queixava de nos arredores faltarem umas pensões económicas onde os "chauffeurs" pudessem ser hospedados, poupando assim às ilustres personagens a terrível maçada de ter de conduzir até ao local do merecido repouso das viagens transatlânticas suportando o fardo de uma tal carga de jóias.
O que eu nao imaginava era que o personagem além de marchand era também discípulo de Mendel.
Pois é, diz numa outra entrevista o querido José que um princípe criado num meio plebeu, há-de ter sempre um je ne sais quoi de distinção.
E que, pelo contrário, um plebeu mesmo se criado em ambiente real, não deixará nunca de ter afivelado no semblante a triste condição da sua origem inferior.
Crime...talvez.
Voltando ao Woody Allen, interrogo-me sobre a natureza dos crimes e das escapadelas (ainda que a tradução não faça jus ao título original...).
Talvez o crime não seja dele...será talvez nosso por sermos menos adeptos do eugenismo mediático (aka censura selectiva).
Ou, quem sabe, do eugensimo puro e duro.
A mim, não me fazia falta nenhuma o querido José. e menos ainda a Betty...
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