Uma singela proposta
A Lolita, que enveredou pela análise enviezada dos machos lusitanos (pelos vistos começou pelos de má qualidade, pelo que, a manter o seu alucinante ritmo de produção de postas, dentro de cerca de 3 semanas, numa trajectória ascendente na escala de valores, deverá começar a referir-se aos seus camaradas de blogue...), dizia eu, a Lolita, duma forma lúcida e lúdica, veio aqui escrever sobre faroleiros.Eu li com atenção e atrevo-me a sugerir-lhe uma mudança de título. Aquele tipo de fauna piscícola, que a nossa uruguaia fogosa , ironica e certeiramente, zurze, atribuindo-lhes o epíteto de faroleiros, corresponde aos... azeiteiros! Os verdadeiros sebosos, ungidos de óleo animal desde a microscópica célula nervosa à farta bigodaça (passando pela "peugal brancura e pela gravatal brilhância"), os azeiteiros, voilà!
Há-os, de facto, por todo o lado.
No entanto,sugerido isto, eu quase nem resistia a dizer que a maior parte dos azeiteiros são benfiquistas, o que poderia extrapolar-se, facilmente, numa manobra estatística singela, do legítimo orgulho que sentem os adeptos da simpática agremiação lisboeta em serem maioritários no tecido desportivo-cultural-humorístico português. Fala-se em seis milhões, há quem afirme, já, sete milhões (e está sempre gente a nascer, convenhamos), e essa maldosa asserção seria, até, lógica. Ainda bem, contudo, que resisti. Porque gosto dos nossos amigos sofredores e eles, sinceramente, como muitos outros, não mereceriam tamanha indelicadeza. E agora estou a falar a sério!
Ainda bem que Deus me deu esta capacidade indómita de frenar os meus impulsos mais tenebrosos.
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