blog caliente.

3.7.06

Pardon my french

Se eu gosto da equipa francesa?
Se o Zidane é muito bom, talvez o melhor jogador da última década, usurpando o lugar que seria, com naturalidade, do Pedro Barbosa (isto, se o Pedro não fosse um amuadinho do caraças, raios o partam, ou se o Sporting não tivesse desperdiçado tanto tempo a contratar e a manter betos e betinhos para limitarem o Pedro a ter de se bater com os tipos do Paços de Ferreira e do Gil Vicente e do Guimarães, em lugar de andar a papar "Liverpúis" e "Manchesteres" e "les quejandes alternatifs")?
Se o Henry é um predestinado com tendência para o autismo talentoso e, convenhamos, um bocadinho estranho?
Se o Thuram é o único defesa central que é mesmo bom e que usa óculos (ele depois tira-os) e que, ainda por cima, é um tipo esperto e interessante? Apesar de ter nome de gaja (chama-se Lillian, ou assim, é bastante chato)?
Não. Não me apanham assim. Não respondo a estas coisas. Agora não posso. Agora, azar. Não, não respondo a essas provocações de mariconços, deixem-me, não insistam.

Desculpem, mas eu agora quero que se foda a França.
Eu não sei se há aí alguém que se chame Besugo e que esteja convencido que a França nos vai ganhar. Sei é que há um tipo chamado Maradona (com maíuscula) que disse que quer que Portugal ganhe o campeonato do mundo. E que há um besugo (com minúscula) que quer o mesmo que quer (ou diz querer) o Maradona. Com maíúscula.

Não me chateiem. Eu detesto os emigrantes que, no seu regresso "vacancional" à Pátria, me irritam com francesices. E, já agora, com "suicices". São os piores, os "xuíxos", eu penso que deve ser do esguicho do Lago de Genebra, que cria ali uma espécie de brainstorm em alguns brainless, mas o meu estudo sobre isso ainda vai na fase 2. Não, palavra de honra: não é quando me vêm com portuguesices que os emigrantes em França me enervam: nessas alturas, quando regressam - em lugar de parecer que se ausentam da verdadeira casa para fazerem o frete de nos vir cá apontar o dedinho acusador e humilhado, de unha surrada -, pelo contrário, é como se me chegasse a casa a família inteira.

Penso que chegou a altura das afirmações gratuitas. Neste caso, "gratuitas" quer dizer que os senhores não terão de pagar rigorosamente nada por elas, que sou eu que as vou proferir, embora eu possa vir a pagar por isso. Basta Chirac e Le Pen lerem esta prosa e fazerem queixinhas ao homem dos pulsos finitos, o senhor pimeiro ministro de Portugal (o que é muito provável) para eu poder estar à pega, à conta da minha língua cada vez mais digital.
Mas vai na mesma.

O Ribery é um tosco de merda, ainda mais feio do que o Tevez. E que julga que entrar pela actual meia-defesa do Brasil (Zé Roberto nem sequer era titular do Belenenses, caramba!) é o mesmo que derramar-se pela defesa lusa adentro. Não é. E tem tiques de marselhês, o anormal: parece sempre que vai aparecer o Bogart e seviciá-lo numa favela qualquer, de chuteiras.

O Sagnol é uma espécie de trolha. Quando vai a uma bola, fico sempre à espera que comece a cimentá-la e a alisar-lhe os cantos com uma pazinha.

E o Barthez? Esse é uma espécie de Cantona em piorado, em careca e (pior que tudo), em "maman, que je sens bien la faute des bisous de Laurent Blanc!".

Do Zidane, do Vieira, do Thuram, do Henry e do Makelele não falo. Gosto deles.

Mas quero que se fodam na mesma. Isto é como o sol.

View blog authority