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29.6.06

Retalhos da vida de um escritor anónimo

O caderno é vulgar, pautado, igual a tantos que já usou, mas guardou-o com desvelo desde que a avó, sempre dedicada, lho deu no último aniversário, até ter tempo de se dedicar àquelas linhas em branco e escrever nelas aquelas histórias que escreve ao correr da pena, em que se inspira na primeira palavra que vê escrita para escrever a seguinte, e que depois de afanosamente escritas oferece a quem gosta. Escreveu umas linhas de uma história incompleta há uns momentos atrás e agora dorme a sono solto, como só se dorme até ao final da segunda infância; retomará amanhã a tarefa, assim que se lhe solte a veia em casa da avó - a quem, aposto, há-de deixar uma história autografada.

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