Já agora, Brasil. Parte 1.
Não acredito em duas coisas, assim de repente:1. Que Correia de Campos seja um bom ministro da saúde.
2. Que os brasileiros não estejam mortinhos por nos ver "fora da carroça".
Dispenso-me de explicar o ponto 1, até porque admiro profundamente o senhor, do ponto de vista estrutural (não sei o que quero dizer com isto, mas não se preocupem, tenho isto tão entranhado que não me preocupa mais que uma tatuagem de que me arrependesse).
Já o ponto 2 explico.
Em 66, no jogo com a Coreia (e eu li isto bastante mais tarde, aí pelos quinze anos, escrito pelo Carlos Pinhão, pai da Leonor, num daqueles livros da colecção "Quinze... qualquer coisa" , este volume chamava-se "Quinze êxitos desportivos" e também se contava lá a história do Baptista Pereira, do Joaquim Agostinho, etc.
Parece-me que foi o Carlos Pinhão. Teria sido o Vítor Santos?
Bom. O certo é que os brasileiros "amigos-da-onça" estavam piúrços. Tínhamos acabado de ganhar ao Brasil e eles deglutem mal este tipo de desfeitas. E qualquer outra. E, pelos vistos, quando estávamos a levar 3 secos dos coreanos, os tipos deliraram. Que não jogávamos mesmo nada, que "só ganharam do nosso escrete - eles não sabem dizer equipa - porque arrumaram Pelé!".
Depois ganhámos 5-3 e os tipos calaram-se. Mas ninguém me tira da cabeça que, na meia-final, torceram pela Inglaterra. E que rejubilaram com a vitória dos "bifes".
Não. Estes tipos não são de fiar. São o tipo de gente que, se não ganha, fica feliz por não serem os amigos a ganhar. É por isso que cada vez têm menos amigos, mas isso é lá com eles.
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