blog caliente.

21.8.05

Trabalhos de besugo

Vou tentar escrever uma coisa concisa. A ver.

Pode ser sobre isto:

1 - Em lugar de se questionar sobre o merecimento do Bono em receber seja o que for das mãos de alguém que tenha um ar lavado, a inteligente criatura resolve implicar com o aspecto do raio da medalha que Portugal lhe deu. Ao Bono e aos outros três tontos. Aqui, Delgado é confusote. Não se percebe bem aonde quer chegar. Se quer gozar com o Bono e os outros três tontos (que são menos ridículos que ele, embora pouco), se pretende achincalhar Sampaio (não consegue, era como se o Petit chamasse feio ao guarda-redes da Alemanha, aquele que mamou três secas em 2000) ou, ainda, se está a gozar com Portugal inteiro.
Isto é típico de gajos buédaespertos. A sério, reparem.
De vez em quando, sobretudo quando têm, enfeitando-lhes uma espécie de cara de cu, um nariz comprido (tipo morcela murcha), uns olhinhos de morcego (tipo miastenico gravis) e um projecto de queixo metido para dentro (Delgado não é assim, mas vai dar no mesmo, que há outros que têm o focinho assim, eu já vi), certos pataratas gozam com o país deles. Fazem isso como se não fizessem parte dele, do país deles. Queriam outro país, às tantas. Ou outro focinho.
Deve ser mais ou menos isto. E, se for mais ou menos isto, Delgado chegou lá bem. Mas, dependendo de mim, não só lá chegou bem como lá chafurda estupendamente. Mesmo tendo queixo e nariz mimoso, sim, que ao pé de quem estou a pensar, Delgado é uma estampa.
Não, não digo em quem estou a pensar, que dá-me o riso. E isto é buédassério.

2 - Boa. Esta, catano: que finura! "Ignição". Aqui, Delgado já esteve mais ao seu nível. Medalha "Ignis Dei" para o lúcido homem. Percebe-se, ao menos, que critica as férias do Sócrates. Mas que, apesar disso, não lhe desejava o regresso. Aqui é que reside a fina ironia de Delgado. Por dois motivos: não quer cá o albicastrense porque não extingue incêndios e porque tem potencial ígneo. Ou seja, para o próprio Delgado perceber o que disse, porque não só não os apaga como os ateia. Boa malha. Que cabeça! Usada como bigorna fazia-se lá em cima muita obra de latoeiro. Dai-me um martelão. Sim, também pode ser um Vale Pradinhos, tinto. Que omeletas aí andam.

3 - O estudo da Anatomia ocupa dois anos do curso de medicina. Ou ocupava, agora não sei. Às tantas têm uma cadeirita trimestral de Anatomia e cadeirões quinquenais de Gestão e Relatórios, já não sei, a sério. Também não interessa.
Como já não estudo anatomia há muito tempo, dá-me para desejar coisas perfeitamente anti-anatómicas. Por exemplo, gostava que Delgado tivesse uma colostomia. Uma que lhe drenasse o pensamento, de lá, de onde toda a gente sabe que o pensamento dele brota, directamente para o exterior. Exactamente, para um saquinho. Assim, as coisas que ele pensa escusavam de subir tanto para sair, a coisa passava-se-lhe toda abaixo do diafragma.

Pronto. Quinze linhas. Não as contei, mas há-de andar por aí.
Ai são cerca de trinta e picos? Ok. Foda-se, então.

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