blog caliente.

17.8.05

Ele há-o!

É num estado de perfeita e miserável contrição que me desdigo. O que abaixo escrevi é ignóbil, quedando-se ainda ali, vergonhosamente exposto, apenas à guisa de penitência. Um pelourinho perpétuo numa praça da alegria à escolha de vossas senhorias.

Desculpe-me, excelentíssima senhora dona Viseu. Desculpe-me, excelentíssimo senhor Portugal inteiro. Perdoai-me ambos, excelentes e catitas senhores Abades, que eu pequei.
Eu excedi-me.

Corrijo já, senhores. E é agora:
"Não é bem assim, besugo, ó forte asno! Ele há aí talento, ele há saber!"

Pois há. E calo-me. Então não? Por quem sois! E logo perante vós, que sois quem sois!
Mesmo eu, passo a ser, imediatamente - se mo pedis assim, severos -, uma espécie piorada de conde de Gouvarinho, aquele sólido estadista que dava braço e leito conjugal à voluptuosa fulva que, sempre que podia, tresandava a verbena nas caleches eróticas do inútil Maia.

Espero que um Gouvarinho com fronte menos inspirada, já agora, em podendo ser. Não é pedir muito, mesmo de mão no peito e de joelhos frouxos, ajoujado pela culpa. Ou é?

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