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6.2.05

Posse de bola

O que é que aconteceu ao Sporting, hoje, na Madeira? Querem mesmo saber? Eu explico, para quem não viu o jogo.
Bom, a bem dizer, foi o costume. Foi aquilo que costuma acontecer-lhe, na Madeira e em outras regiões do país, sejam elas mais ou menos autónomas, quando não joga aquilo que vulgarmente se chama "a ponta dum corno". Levou três secos e arrastou-se, entretanto, por ali.

Teve mais posse de bola e tudo, como costuma gostar o Peseiro. Mas isso, mais posse de bola, temos sempre. E já perdemos um porradão de jogos ganhando o "campeonato particular da posse de bola".

Ora pensemos.

O Peseiro tem razão, seguramente, com isto da posse de bola. O Eduardinho também acha, o que afiança Peseiro. Aliás, isto é fácil de perceber, é um raciocínio peregrino: se nós temos a bola, não a têm os outros. Excelente!
Mas, então, perante a nossa recente eficácia atacante, demonstrada com o Setúbal e o Marítimo, é bom que treinemos mais e melhor essa coisa da posse de bola! Para quê? Para ganharmos 100% a zero em posse de bola e, talvez, se tudo correr bem, empatarmos a zero nisso dos golos. Sim, se tudo correr bem, que pode sempre haver um auto-golo, no meio de tanta posse de bola! É preciso pensar nessa possibilidade!

Claro, o jogo correu mal, isto é cristalino de verdadeiro. Mas... logo três secos com o Marítimo? Caspité! (ao tempo que não usava esta interjeição, é preciso enervar-me com a minha lagartada para libertar o léxico!) .
Nem eu, que sou o besugo, "craque da bola explicada", consigo explicar esta cabazada doutra maneira que não seja com um veemente "é preciso melhorarmos a posse de bola". Desculpem, não consigo. É que não consigo! E estou a tentar desde que levámos o terceiro golo, já a jogar só contra dez, ainda antes do jantar.

Estou convencido que no próximo jogo, talvez, além da posse de bola, Eduardinho e Peseiro consigam explicar aos jogadores o que fazer com ela (com a bola), enquanto a têm na sua posse. Mas, realmente, como é contra o Rio Ave, talvez não seja boa altura para experiências. Talvez seja melhor tentarmos atingir o nirvana dos 100% a zero, em posse de bola, e esperar que nada corra demasiado mal, entretanto...

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