Há dinossauros no rock lusitano
Até hoje, nunca tinha entrado no teatro Sá da Bandeira. Esta noite, com apresentação prévia do mentor do Fantasporto, fui lá para assistir ao concerto dos Xutos e Pontapés.A sala, que só tinha lugares de pé na plateia, estava recheada: quer de admiradores da banda, quer da malta que vai só para curtir, todos na lufa-lufa constante do percurso sala-bar/bar-sala, ao sabor da sede de cerveja. Já os Xutos, esses cantaram sempre sentadinhos (que a malta já não tem vinte anos) e só se levantaram para sair, como de costume, para voltarem a sentar-se durante os encores. Os encores (céus!) duraram quase o mesmo do que o tempo regulamentar. E mais, até, do que o povo pediu - pareceu-me. Pareciam saldos. Saldos de Xutos. De Xutos condecorados pelo Sampaio. Eu lembro-me, no ano passado: parecia um óscar de carreira.
Cantaram as suas melodias de sempre com os chavões do costume, alcançando o apogeu naquela música do "mundo ao contrário" que põe o povo ao rubro (uma espécie de "remix" do Upside Down da Diana Ross?).
Eu ouço, se for preciso como foi o caso, os Xutos sem esforço. Mais ainda se se pode fumar à vontade dentro da sala. Cigarros, claro! E sentada, que eu fugi para a tribuna.
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