Teorema de Cartaxana (2)
Se o International Board (e o Conselho de Arbitragem) acabarem mesmo por adoptar o Teorema de Cartaxana - e é fácil, basta Rui Cartaxana demonstrá-lo e Deus é testemunha de quão facilmente ele o fará, em lho pedindo - tenho a impressão que o Bruno Alves já anda a treinar um lance defensivo para aplicar ao Pablo Aimar, no caso de o argentino começar a armar-se em "Danger Man".
Estou mesmo a ver.
Vai o Aimar a entrar na grande área do Porto, ligeiramente descaído para a esquerda; está já, mesmo, dentro dela e a armar o pontapé com que tenciona empatar a partida.
O Bruno Alves, que tinha estado ali em fase de observação atenta, larga o estado de "prontidão" e desfere semelhante empurrão (isto pelas costas, para ser mais "tecnico-táctico"), a mãos ambas, no desgraçado ex-valenciano, que o projecta para uma área situada, digamos, entre a sexta e a oitava fila da bancada dos NoNameBoys, onde acaba por aterrar de forma precária.
Entretanto, o último toque na bola foi dado pelo Aimar, para simplificar a jogada, e o esférico sai pela linha final uns nanossegundos antes da conclusão da falta, que é quando ela deve ser assinalada, ou seja, a bola sai do campo ligeiramente antes da entrada em contacto de Aimar com o grupo de escuteiros do Benfica. Antes da falta, portanto.
Penalti?
Nada disso.
Pontapé de baliza.
E, vá lá, cartão amarelo para o Bruno Alves por comportamento incorrecto (empurrão a um adversário com a bola já fora do terreno de jogo; sim, já fora, eu sei que há teoremas complicados, este do Cartaxana mete o de Carnot e o de Pitágoras no mesmo bolsinho, mas vejam lá isso bem: já fora, sim).
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