ordens do cimo
Tenho trabalhado como um burro. E, provavelmente, com a mesma eficácia: espero que sim.
Há festa no Peso. Não vou conseguir descansar, as festas no Peso são feitas dum barulho especial, eu devia era estar mas era lá, a bater em testos de panelas, como eles, "é o Peso, é o Peso!", e a assistir ao gozo do Quim Barreiros. Gosto dele, sem o conhecer, aliás: parece-me um tipo simpático, emprestava-lhe o carro. Mas preferia que ele me desse o dele.
Mas está muito barulho, muita bulha. Há sempre facadas em ventres, nestas festas do Peso. Há facadas no ventre em todas as festas, sobretudo nas festas requintadas, mesmo nas que são muito diferentes desta do Peso, embora a faca raras vezes se veja, nessas ocasiões "fora do Peso": nessas, a naifa está enrolada na língua do faquista e não reluz, só ensanguenta a alma.
A Marta vai-se, isso é seguro. Que se vá em paz, na paz de ir-se "de bem", porque nunca se saberá mais que quase nada sobre a paz do fim. Sabe-se quando é o fim, mas não se sabe como se atravessa a meta da morte, a meta que não dá direito a medalha nenhuma, nem sequer de bronze.
Não ganhámos, ainda, nenhuma medalha. Lá na China. Pode ser que não ganhemos nenhuma, mesmo. Seria bom. Demonstraria isso que, nem Naide Gomes, nem Obikwelu - escreve-se assim, o nome do trintão? - nem Évora, esse benfiquista de pernas finas, nem mais nenhum dos nossos desportistas de elite, nenhum deles, por muito que fosse "porreiro, pá! diz tu também porreiro, ó hiato!", vale mais do que a sua presença. E a presença deles é porreira, pá! Bateram-se records nacionais na natação. Porreiro, pá, faz de conta que aquela merda é o campeonato nacional de natação, pá!
Resta a filha do Lau. Essa vai lá.
Não. Isto não me interessa nada. Oxalá lhes corra bem. Por eles.
Entretanto, Carlos Queirós regressou à FPF. Espero que tenham limpo a porcaria que o ex-treinador adjunto do Manchester United detectou, na sua última passagem por lá, pela FPF. Foi a seguir a um jogo em que lerpámos (como sempre) com a Itália. É sabido que quando dissertou sobre "porcaria", Carlos não podia estar a referir-se a Scolari: nem sequer estava lá perto, o odiado brasileiro.
Aliás, o curriculum de Carlos (fora as questões de aproveitar Figos, Pintos e Ruis Costas em selecções jovens) é impressionante.
Conseguiu levar 6-3 do Benfica, em Alvalade, quando treinava o Sporting de Figo, Balakov e Juskoviak. Ainda hoje essa merda me não passa pelo piloro sem me fazer azia baixa.
Conseguiu treinar o Real Madrid e fazer o mesmo que Del Bosque: ir à vida adjunta.
Conseguiu saltaricar à volta de Ferguson, no United, fazendo contas e tratando de papelada.
Conseguiu fazer contas e tratar da papelada na selecção dos EUA, também, mesmo sendo discutível que essas contas e essa papelada tenham melhorado a selecção dos EUA e, mesmo, o "soccer lá deles".
Para já, retenham estas duas ideias: está muito barulho - viva o Peso, pronto! - e eu já não estou em idade de vir a gostar de quem já nao gosto. Nem de barulhentos, nem de "vultos".
Da Marta gosto, mas não me adianta nada essa merda, já lhe disse adeus e vai ser adeus mesmo, nunca mais a vejo, está muito mal, mal demais para esperar por mim dois dias, quanto mais quinze.
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