blog caliente.

17.8.08

O mar nas adenóides

Estou na Póvoa. Melhor dizendo, em A-Ver-O-Mar.
Cheira a mar aqui, está a trinta metros de mim.
Caramba, isto há dez anos era um descampado, agora já não, andam ali em baixo, na rua, onde não passam carros, quatro maduros a fazer corridas de bicicletas esquisitas, de 3 rodas. E passam moças roliças e magras.
Está muita humidade.
Podem dizer-me que cheira mas é a salmonellas, mas eu amanhã tiro a prova, cheguei só hoje, hoje é a mar que me cheira.
Amanhã, eu, de xampô, chinelas e calções, às oito e meia da manhã, tenciono lavar-me no mar vazio e gelado que me viu crescer (e que, se estiver tão gelado como costumava estar há muitos anos, me há-de ver minguar das partes, como nesse tempo também acontecia, sempre saí do mar da Póvoa com a impressão de que tinha lá deixado qualquer coisa, mas não, depois normalizava sempre, vamos ver se ainda é assim). Se me der a desinteria, a autarquia está lixada: processo-os. É que está bandeira verde e eu sigo sempre as regras. Bandeira verde é à Lagardère.
Sigo regras, sim. Por exemplo, neste blogue não se diz caralho, já sabem.
É uma regra, bandeira amarela.
Entretanto, como é costume, o Sporting ganhou a Supertaça. E ao cliente do costume. Mas continuo a dizer: tem um futebol muito esquisto, o Sporting. Muito alternativo. Mas pronto, esta já está. Foi ganha na base do "bola para a frente e fé em Deus", mas Deus permita que nos baste a sua fé nele para ganharmos ao Trofense e ao Benfica.
Dos Jogos Olímpicos falo amanhã ou depois. Também vi a final dos 100 m, sobejamente descrita, e é impressionante aquele jamaicano que não me lembra agora o nome mas que hei-de decorar: acabou a prova como se montasse um cavalo e cortasse a meta a fazê-lo "ladear".
Comecei só hoje a ver os Jogos, aliás. Cuido ter chegado a tempo de ainda os ver.
Entretanto, amanhã, fecha a feira do livro, disse-me a minha Mãe. Tenho de lá ir abastecer-me, da Régua só trouxe "oncologias". Preciso de dois ou três livros diferentes. Mais digeridos, mais mastigados, menos doridos. A ver se os compro.
Está-se bem aqui. Bastava o título para vos explicar e, por agora, tem de bastar a explicação do título, desde que tenham lido aquele livro antigo, da Verbo, em que se falava do Boyd Adenoyd, que andava sempre a snifar efedrina. Não me lembra agora o nome do livro, também não admira, li-o há 30 anos.
A este mar conheço-o há 47 anos. É quase meu.

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