Fiz uma novela! Um bocadinho, pronto.
cena 1Diogo e Tomás estão a fazer squash num SPA. Diogo sua muito e sente uma dor no peito. Falece ali, enquanto Tomás, ao telemóvel de sétima geração, fala com Maria Ana, a mulher de Tomás, dizendo-lhe: "olhe que ele não se tá a sentir nada bem, quer ver?". E a primeira cena termina com uma imagem de Tomás a espumar pela boca, já um bocadinho roxo.
A música pode ser dos Xutos, aquela em que o Tim canta mal, isso, uma dessas dezoito.
cena 2
Em casa de Ricardo, Vera aconselha Kátia a não usar tampões XL apenas por deleite. Enquanto Kátia amua, chega Rafael, o leiteiro, que pergunta se está tudo bem. Pode ser Luís Esparteiro a fazer o papel, ele fica bem a perguntar se está tudo bem.
Ricardo ( eu aqui exijo Diogo Infante da Câmara Pereira, um deles) entra de repente e pergunta "que raio está a fazer aqui o Esparteiro?". Kátia acaba por extrair de si o que dentro de si estava e brada "tive um filho!". Penetra uma sopeira, que pode ser aquela tipa de beiças grossas e ar de vareira que apoiava o Vítor Norte quando ele estava no "Big-Brother- Secção Desempregados e Chalupas", que reconduz a cena à sua dimensão épica: "ó menina, lá está a menina outra vez a parir um "OB-extralarge! Mais lhe valia parir um pequeno pónei!". Eu disse épica? Era hípica.
Tozé Martinho irrompe pela sala, veemente, "vamos ter de repetir isto!...", ao que Kátia responde que "eu não tiro mais nada daqui de dentro sem ser por amor! OK?".
cena 3
Nicolau Breyner, vestido de João Semana, ou, em alternativa, de autarca de Serpa, tenta beber dezassete cálices de vinho do Porto sem entornar nenhum. Ao quinto, dá cabo da casaca. Profere um excelente "foda-se" e recolhe aos seus aposentos, deixando Tónia, a sopeira, a lamber a carpete humedecida pelo delicioso néctar enquanto, em off, se escuta a voz de Tozé Martinho a ordenar "corta, vamos para a Covilhã, em 1987, na altura houve um nevão na serra!"
Kátia interrompe: "a mim ninguém me ferra, muito menos um anão!". Kátia anda a tirar oftalmologia por correspondência, mas devia tirar otorrino em dedicação exclusiva, pois.
A TVI decidiu acabar com as filmagens e dedicar-se, em pleno, ao programa daquele brasileiro com ar de quem já não se lava desde 1994, nem se penteia desde que Manoel de Oliveira fez o Aniki; eu do Bobó nem falo. Aquele brasileiro que põe gajas de cu quase ao léu a tentar corromper tipos pouco esbeltos, e tipos esbeltos a provocar gado rachado bravio com o aspecto físico da Maria Vieira e o intelecto da pomba gira, em piorado. Tudo isto em versão "vamos mas é fritar as batatas em brilhantina, bora?"
Não tenho jeito para isto. Vou antes ler.
<< Home