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31.7.05

Chateia-me isto

Eu vou de férias. Ir de férias é uma chatice porque, para as coisas serem bem feitas, ficava-se de férias. Não se ia. Não conheço nenhuma casa de férias mais confortável do que a minha, nem sítio nenhum onde me apetecesse mais estar, estando de férias, que aqui, onde estou.

Eu devia era estar de férias, não precisava nada de ir de férias. Não me apetece ir, agora. Depois de amanhã não digo que não, ou mesmo na sexta-feira que vem. Mas agora não me apetecia. Raios partam o dia 1, mais essas normas turístico-fascizantes do "dia de entrar, do dia de sair".

Vou enfiar-me num T3, parece que muito espaçoso e confortável, a cheirar à maresia que se cheirar de lá. Sem piscina, sem papel em branco (é isto, aqui, que eu não escrevo em mais lugar nenhum, bolas), sem as minhas coisas todas. Não posso levar as minhas coisas todas, isso chateia-me. Chateia-me, que querem?

Levo algumas coisas, pronto. Mas como é que essa merda das coisas que se levam se escolhe? Não posso levar a TV cabo, espero que aquela espelunca tenha, não deve ter, nem edredons de jeito tem, pelos vistos. Cinquenta e seis CDs, isso levo, e o "David Crockett" do Sousa Tavares, que leio sempre até meio e nunca acabo, e uns papéis que tenho de ler, sobre "planos de acção", uma paneleirice pegada de gestores. Mas não posso levar a minha Sony topo de gama, que lê perfeitamente mini-disks de Brahms, mas não cabe no raio da bagageira!

Vá lá que a Volta dá na 2, penso eu. Isso e o Sporting com a Udinese, que há-de ser na 1.

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