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9.3.05

Mourinho e uma decisão

Devo ter medido mal Mourinho, definitivamente. Já aqui disse cobras e lagartos dele. Posso, até, ser acusado de incoerência. Não seria a primeira vez, nem aqui, nem noutro sítios. Sempre nas mesmas circunstâncias. Defendo-me: sou mais parcial que incoerente.
Os senhores, pelo amor de Deus, pensem sobre isto o que quiserem.

O Chelsea passou, embora o Barcelona também pudesse, sem surpresa, tê-lo conseguido. Foi um jogo todo feito de cavalgadas, reviravoltas, sortes e vontades.

Não vim falar do jogo. Vim falar de Mourinho. O abraço que Frank Lampard lhe deu, no fim do jogo, o aparecimento de Robben, Drogba, Terry, Makelele, Paulo Ferreira (todos envolvendo o treinador que, na Europa inteira, mais se expõe), numa espécie de "anda cá, que tu és nós", comoveu-me.

E admirei Mourinho, o tipo de quem já disse tantas vezes mal, se calhar só porque tendemos a dizer mal daqueles a quem pressentimos superioridade.

Nunca mais hei-de escrever nada sem pensar, maduramente, antes. O que, fatalmente, me forçará a um merecido silêncio.

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