obrigado, obrigado...
Hoje há estrelas no céu, mas apesar disso está um frio do caraças!Entretanto, obrigado, obrigado, obrigado, pela recepção ao pátio da liberdade. Numa altura em que a humanidade vive muito mais a gerir silêncios, é preciso aplaudir os discursos livres, como os nossos.
Meu caro Besugo, na pele do tempo os afectos nunca se apagam. São como as cicatrizes cirúrgicas, que de longe a longe nos põem a falar defronte ao espelho, mas são nossas, pessoais e intransmissíveis. São até agradáveis quando vêm à conversa a propósito de filhos, que são a cocaína com que os pais como nós se drogam para toda a vida. E que filhos os nossos! Campeões, inteligentes, malandros e repontões! (como os pais, aliás). Têm ainda a sorte de não pertencer aos 320.248 putos portugueses que vivem abaixo do limiar da pobreza (ainda bem, e vivam os pais).
Quanto a Camilo, não foi a melhor das pessoas, mas foi o génio dos romancistas portugueses. Metia quantos dedos tinha nas feridas da sociedade portuguesa do glorioso século XIX. A Ana Plácido que o diga... Ainda hoje é o maior! Já imaginaste o gozo que seriam as suas novelas nos dias de hoje?
Vamos lá a transformar este espaço num motivo de consulta para quem gosta de conversa boa, de jeito, e divertida; sem contraditório; com tomates, e capaz de meter na ordem quem disso precisar.
(Não te preocupes com as semelhanças de “paneleirice”, porque somos muito poucos os que são capazes de rir, construir, aplaudir, chorar, e, andar à pancada se for preciso, em nome de valores e amizades cúmplices. Afinal, é assim há trinta e tal anos... e viva o Sporting, foda-se.)
Ó lolita, aquela porra dos 92 anos era, obviamente, mentira! Eu sou um jovem de muito bom aspecto, aliás, e detesto que me tratem como um senhor...
Tenho por hábito ser ordinário, isto é, dizer o que penso a quem quer que seja, por isso é que sou pobre!
Gostei do teu parágrafo de boas-vindas. Mesmo até das ameaças veladas, por isso devo fazer alguns esclarecimentos:
1 – Ao que julgo saber, “jornalista” não é sinónimo de “castrado”, e, apesar de termos consciência de que somos mais ou menos detestados pela sociedade “civil”, jamais deixaremos de ser homens livres (alguns, claro), com a consciência de que nesta profissão há de tudo, como nos mini-mercados...
2 – Quanto aos dragões, longe de mim tal afronta, até porque tenho, desde há muito, um enorme respeito pela mitologia lendária. Descansem os crentes. Sou mesmo capaz de afirmar que não há muito tempo, o vosso “ex” - José Mourinho – não só demonstrou ser um grande treinador, como bom português, aproveitando os media ingleses para defender Portugal. (então não é que os cabrões chamaram a Portugal um país do 3º mundo)! Boa Mourinho. É um português do Sporting quem to diz. Vão ver quando ele vier do Chelsea para o Sporting! Pois é, os jornalistas sabem muitas coisas...
Ok, levanto o meu cálice de “Porto 30 anos”, que estou a beber, à vossa saúde.
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