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20.2.05

Limpar a fuligem

As alegrias não valem pelo que duram, valem enquanto duram. Porque nada é tão duradouro que valha, apenas, pela duração.
Amanhã isto passa. A vida não é isto. Não é só isto. Mas a descida abissal e merecida de Portas, que pensava que tinha um partido pujante, todo feito de moçada modernaça e com bícipes no cérebro, esta derrocada do elo maior do meu eixo do mal (isto nem sequer ofende o Alonso, que o Alonso é do CDS, não é do PP, acho eu, e, mesmo que seja, eu gosto muito do Alonso, meu amigo e gente de muito bem!), fez-me remoçar. Eu hoje tenho 18 anos e vou para a noite! Cuidam que fico no sofá da sala, aquele em que vejo o futebol? Enganam-se. Eu hoje vou correr os sofás todos!

Pobre PSL. Tarde percebeste que ninguém deve ligar-se a sacanas. Coligar-se com sacanas. Olha, PSL, o culpado disto que te aconteceu está em Bruxelas. Na noite das eleições que ganhou, Durão começou a fazer-te perder, ao deixar-se penetrar na virilha por testículo insidioso e frágil de menino bimbas.
Durão agachou-se e foi-se embora. O homem da voz melosa engorda por terras belgas, e tu, desgraçado, desejoso que andavas de ser um líder, não resististe. Ficaste tu, aí, com a tatuagem que Durão deixou que lhe fizessem na região inguinal do partido. Exactamente, Portas, esse pedaço de fuligem. O outro cromo sorri, contente, nesta altura, lá no cume da sua Europazinha conquistada com espada de papelão. Cada vez mais gordo, cevado, com a mesma voz melosa e o mesmo sentido estratégico do seu egoísmo.
Eu sabia. Pobre PSL, que és um cepo, de tão burro. Perguntavas-me.

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