Variações
Nos últimos dias, tenho-me sentido um bocadinho esmagada pelo tempo. No entremeio dos inevitáveis jantares/almoços/representações de Natal, dediquei-me também a alterar o lay-out disto. Uma refrescadela motivadora para o novo ciclo anual, por assim dizer. O empenho foi compensador: com as páginas de ajuda do blogger mais o providencial sistema de ensaio e erro (preview/clear) da página dos templates, lá chegámos a bom porto. O blogue passou a ser assim, como está agora, e eu confesso, imodestamente talvez, que gosto mais. Como também gostava do anterior. Como espero vir a gostar, quando tornarmos a mudar, que é de mudanças voluntárias que quase sempre se alcançam bons rumos.Ontem vi metade de "O pianista", que deu à noite, salvo erro, na TVI. Só metade. Perturba-me, para além do suportável, aquela história real de insanidade humana sinistramente organizada para incutir crescente terror, que dramatizava episódios de alegria em forma de tragédia, que feriu de morte a alma de quem dela foi vítima e de quem acordou tarde para saber que foi agressor. Bem gostava, como o besugo, de distinguir dali o Mal contra o Bem, ou vice-versa. Como diz a dada altura, no filme, um dos perdedores, no seio daquela profunda amoralidade não há Deus. Que é o mesmo que dizer que não há Bem, que não há Mal. Que não há redenção, que não há castigo. No intervalo, desisti de ver o intolerável. Mais me perturba, ainda assim, o imaginável.
Visitei, entretanto, a meia dúzia de blogues que leio sempre que posso. Deparei-me com um prémio honroso que nos foi atribuído por aquele que é, provavelmente, o blogger com o maior mau (portanto péssimo) feitio de toda a blogosfera nacional. Obrigada, Altino. Este prémio vindo de si vale muito, que eu leio-o sempre; às vezes percebo, outras vezes subscrevo.
<< Home