A questão coimbrã
Foi dia de cansaços, mas amanhã é feriado. E tenho, ainda antes de dar os parabéns ao aniversariante de hoje (o meu irmão stkaneko, evidentemente, que a Lolita já se lembrou do outro festejado mais idoso) de dar satisfações a dois licenciados em Coimbra. Eles merecem.1 - O boticário poveiro enervou-se comigo por causa da Académica. Logo ele, logo por causa da Académica!
Eu exagerei, evidentemente, Mário! Foi um esguicho, sem dúvida nenhuma. Como aqueles que tu emites quando pespegas aí no teu blogue umas indecentes fórmulas de compostos tóxicos, a ver se nos humilhas, a nós, pobres curandeiros! Tungas, escusavas disto!
Além disso, não era contigo: tu não és daqueles cromos que se sentem divididos entre dois clubes, entre dois "sins", daqueles que ficam sempre contentes seja qual for o pequeno sim que lhes tocar. Como reparaste, o esguicho veio tocado a vento desse outro lado em que te não revejo, do lado dos "tanto me faz como me fez, estou sempre contentinho". Quem te vai conhecendo o mau feitio sabe que tu não és dado a esse tipo de idiossincrasias.
Não, torpe poveiro, não era nada contigo, guarda lá a espingarda de canos serrados para quando voltares a cismar que não receito genéricos (que é uma cisma que te perpassa pela mente sempre que o Sporting ganha; ou seja, frequentemente).
E parabéns pelo Porto, estava a ver que tínhamos de vos gramar na UEFA!
Um abraço.
2 - O alonso, que também se licenciou em Coimbra, não liga ao futebol. Mas gosta de jogos de estratégia e de política (e, segundo afirma a lolita, tem um fetiche chocante com regimes comunistas... eu isto não confirmo nem desminto, que não sei).
O que sei é que o Alonso se dedicou a tentar provar que dá no mesmo comparar qualquer dupla, desde que um dos elementos da dita dupla seja um ditador e o outro um político qualquer de que não se goste, seja por que motivo for. Nada mais errado.
Eu tento explicar.
Para começar, o que estava em questão era desmontar a mãe de todas as cabalas ( a chamada "cabalona"), que é discutir coisas diferentes na mesma discussão, como se não fossem discussões diferentes. Dizer que fulano é coerente é uma afirmação, uma opinião discutível. Mas discutível na essência, atenção! Ouvir como resposta à malfadada afirmação um comentário do tipo tá bem, tá bem, mas ele é um ditador impenitente e sacana! é uma tristeza desgraçada, um diálogo de surdos. Corresponde mais ou menos a isto:
- Eu gosto de cães porque acho que são leais.
- Eu gosto mais de gatos porque, às vezes, os cães mordem.
Bolas, que coisa: para começar e acabar logo a seguir, um cão até pode morder porque é leal. Não basta?
Bom.
Quanto ao teu jogo das duplas, alonso, devo dizer que nenhuma dupla "ditador/um político qualquer" funciona tão bem como a dupla "um ditador qualquer/Portas" . Isto, por muito que te custe. O Portas é insubstituível quando se querem exemplificar misérias humanas. Devia ser conservado naquele museu da ciência onde se guardam as unidades-padrão, emoldurado em caixilho azul lelé, subjazendo a um letreiro amarelado onde se leria, em letras progressistas: "unidade-padrão Caius Detritus, este senhor".
Um abraço.
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