Postulados alonsinos
O Alonso conseguiu submergir do meio das fraldas da sucessora da Ana Drago para vir aqui atirar-nos com este incontornável dogma:"Eu tenho a dizer que me parece neste momento óbvio que o Portas é, de todos os líderes partidários, o melhor. De longe."
Avisado Alonso, que logo à frente refere, à cautela:
"É claro que posso estar enganado nesta apreciação." Ora, evidentemente, nós percebemos.
Adianta, ainda, que, mesmo que esteja enganado, a questão é de somenos porque Portas "lidera um partido político pequeno", que representa (assim como uma espécie de irmandade, suponho) "uma franja eleitoral feita de pessoas pouco ou nada comprometidas com o "sistema" ou "centrão" político/económico/clientelar".
Pessoas pouco ou nada comprometidas. Quererá o Alonso dizer que são pouco comprometidas porque poucas (lembremo-nos que o partido é pequeno)? Como distingue ele o "pouco" do "nada"? Por exemplo: a administradora Celeste é pouco ou nada comprometida? O que dizer de Nobre Guedes, mais as suas relações perigosas ad nauseum com os negócios do ambiente: deverá ser tido como um outsider do "centrão"?
Já sei: a franja eleitoral do PP descobriu a Atlântida, onde se orienta sozinha sem precisar de se comprometer com o "sistema". E assim a franja eleitoral do PP, tal e qual como o seu líder, mantém-se independente, renega compromissos instrumentalizados e renega coligações in extremis, estas sobretudo quando Portas se dá conta do que lhe sucederia se não fosse ele o primeiro a... renegar. Importante é ser sempre o primeiro a sair e o primeiro a propor: aparenta-se poder e às vezes resulta.
O que eu gosto em ti, Alonso, é que dizes estas coisas sem te rires. Olha que até eu me rio quando exalto virtudes de Fidel. Por falar em Fidel: eu já torno a falar nele.
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