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30.11.04

Santana e os seus botões

Não percebo, juro que não percebo. Eu até já tinha um gajo que aceitou substituir o Henrique (com condições, o sacana, mas aceitou; eu já tinha levado tampas o dia todo e pensei: olha vai assim mesmo, é só um vice mas eu hei-de explicar que é um jovem com elevado potencial, ou assim, depois penso nisso). Ficava tudo bem, olha que caraças. E o Presidente nem me deixou explicar que eu já tinha tudo resolvido, foi logo dizendo que já estava a tratar de tudo para marcar eleições. "Já chega de palhaçada, ó Santana. Tu nem me digas nada, já pus tudo em marcha e não quero ouvir um ai, sequer."

Bom. E agora? Deixo andar, nem vale a pena falar com o Portas. Além de que havia de aproveitar para me moer o juízo, o gajo pensa rápido quando lhe dá para chatear o próximo. "Olha a coligação, ó Pedro! Tu fala lá com a malta lá no Conselho Nacional, não te esqueças do que me prometeste. Eleições em Fevereiro, OK? Depois combina-se melhor." De certezinha que o gajo me vem com esta. E os outros ficaram de fora a assistir de plateia, a ver quando é que o circo pegava fogo. Hão-de querer fazer-me a folha, olha se não. Congresso extraordinário, salta Santana! Estou mesmo a ver. E o Cavaco ajudou, agora percebo que o que queria era entalar-me. Aposto que agora já anuncia a candidatura.

Mas porque é que eu não fiquei quietinho na Câmara? O túnel do Marquês até já vai avançar e eu sempre podia ir colhendo apoios para a candidatura às presidenciais. Não era para ganhar, ora, eu não sou parvo. Mas dá um prestígio do caraças. Passam todos a notáveis, os candidatos derrotados. Sem mexer uma palha, que é a melhor parte. Agora, kaput.

Hum... o que faço, então? Isso. Para já, vou ligar ao Carmona. Ele há-de compreender. E se não compreender? Problema dele, ora.

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