blog caliente.

29.11.04

Ruas de paralelos

O Porto não é longe, mas era tão bonito. Cinzento e perto, distante e alheio. Não era meu. Já lá estava.

O Porto não é de ninguém, não é como Lisboa que é puta de toda a gente. O Porto é de quem lá está, de quem se lhe dá sem lhe pagar senão com a força de lá estar. O Porto empresta-se. Lisboa vende-nos. Macedo de Cavaleiros não sei.

Jantei no restaurante do Simões, há muitos anos. O Simões era aquele defesa central de bigodes, aquele que Pedroto fez jogar ao lado do Freitas, antes da dupla Eurico-Lima Pereira. Eu era puto.
Chamava-se "Trave Negra" e era em Antero de Quental. O restaurante.
Uma rua com um nome grande. O nome.

Se eu fosse a lembrar-me de tudo aqui não vos sobrava espaço para mais nada.

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