de pecados e crimes
Vem esta fugaz prosa a propósito do seguinte excerto, escrito pela lolita:"Continuo sem perceber muito bem como se pode defender que a homossexualidade é pecado sem que isso não signifique que, face ao Estado, constitua um crime; também me custa a entender como convivem, na mesma pessoa e no mesmo pensamento, duas morais distintas que, nos "resultados" éticos, mutuamente se excluem"
lolita, deixa-me explicar, escrevendo aqui a lista dos sete pecados que a Igreja Católica considera os mais graves de todos (na clássica linguagem eclesiástica, os "mortais"):
1 - Ira
2 - Inveja
3 - Soberba
4 - Luxúria
5 - Gula
6 - Preguiça
7 - Avareza
Pela lista verás, sem necessidade de mais explicações, que não é, sequer, possível "criminalizar" pecados.
O que posso admitir - e foi disso que falei - é que sobre o Rocco recaia, fundadamente, a suspeita de "conservadorismo" político e legislativo, no que respeita a comportamentos sexuais que ele acha errados.
Mas não é isso que afecta a corrente dominante do pensamento político "europeu". Sabe-se que há conservadores e que estes têm da homossexualidade o conceito de que é um desvio do comportamento sexual. E que são relutantes em conferir às uniões ou relações homssexuais os mesmos efeitos (ou direitos) que são conferidos às relações heterossexuais.
O que afecta essa corrente, neste caso, é que o homem, mais do que conservador, é católico e, pasme-se, não o omite. É essa a "fractura" a que me referi, no mundo "absolutamente" laico que quer proibir o uso de véu às muçulmanas, de turbante aos sikhs e de sotaina aos padres.
P.S. - besugo, li-te e percebi-te. Se algum dia eu for teu doente, espera que eu te faça a pergunta para me responderes.
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