Chulé
Há qualquer coisa de tenebroso nos tracinhos amarelos e circulares, com trajectos certeiros, que Pacheco Pereira fez, ontem, no seu pequeno e modernaço desktop da SIC.Via-se ali, com pesar, um haitiano derrotado a ser humilhado por outro haitiano, o vencedor, que enquanto comia uma sandocha colocava a pata vencedora sobre a face humilhada do vencido.
Pacheco Pereira, contudo, não se choca com a imagem do pé na cara, nem com a atitude alimentícia do algoz. Pacheco Pereira nunca se choca. Limita-se a explicar-nos que aquilo é que é pobreza. Pacheco Pereira parece remeter-nos a um chulé diferente, mas é consabido que não há chulés, há só chulé.
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