blog caliente.

20.4.08

Sem cuecas

Todos os dias me telefonam de empresas com nomes esquisitos, inglesados, querendo fazer-me breves questionários sobre drogas que uso no cancro.
Há mesmo uma Susan "qualquer coisa" que diz falar de Londres, com sotaque de Chelas.
O que querem de mim é saber se os delegados de informação médica a quem pagam "o pão que o diabo amassou" me passam a informação pretendida, da forma desejada. E, já agora, se eu a engulo assim, crua.
Sei isto pelos próprios delegados, desesperados, suando cada vez mais todos os dias, que me pedem - mesmo - para decorar frases. Coitados. Não têm culpa. Eu não decoro.

Descobri a forma correcta de lidar com estes novos pides do marketing.

- Não, é engano, eu não sou o doutor besugo, sou o Pires da padaria. Pra que era?
- Sim, sou o doutor besugo, mas agora não posso, estou a operar um tip... foda-se, agora não posso, cabrão, lá se foi o caralho da válvula, tu e a tua empresa vão pagá-las, meu filhadaputa!
- Ligue-me de noite para este número, dá-me mais jeito. Sim, para este. Se vou estar cá? Não, por isso mesmo.

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