Hoje as seringas, amanhã os microclisteres
Perfeitamente.- Não às seringas, é?
- É!
- Está bem. Porquê?
- Porque se é crime cá fora, meu amigo: é crime lá dentro.
- Boa!
- Não é boa? Está a dizer-me que não é boa, esta?
- É. É boa. Quando não, de facto, tinham de se prender os presos novamente, e assim sucessivamente, sem cessar, para punir os crimes de forma sucessiva. Não, a sério, do ponto de vista do raciocínio circular é inatacável.
- Então é boa, hem?
- É. É boa. Mas o senhor resolve isso, então, exactamente como? Para o senhor se situar eu recoloco a questão: de que maneira?
- Com mais cem guardas prisionais. Ora! Exactamente. Cem! Recrutados em empresas privadas de segurança e dissuasão, uma espécie de "outsourcing" protocolado com, por exemplo, deixe-me pensar, olhe!, com entidades bancárias, que financiariam a coisa. Olhe, não vá mais longe, o Millenium, por exemplo. Ou outro assim, igualmente empreendedor e agressivo no "marketing" da dissuasão aliciadora. Ou do aliciamento seguido de dissuasão.
- E cem novos guardas resolviam? Acha que sim?
- Então não? "Queres seringa?, então toma lá o guarda de serviço às ressacas, que já ta vai dar pela cabeça abaixo, à seringona!".
- Há cem cadeias, é? Um novo guarda por cadeia?
- Não sei. Haverá cinquenta cadeias? Pronto, eram dois guardas de serviço às ressacas por cadeia, pronto, já está.
- E o aborto?
- Não sei, hoje vim sozinho...
<< Home