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14.6.06

Do Hugo Viana nem vale a pena falar

Gostei do Brasil. Parece-me capaz de ir longe, desde que jogue com onze. Para isso basta sair o anafado e entrar outro qualquer, até pode ser o Luisão. Isto é verdade, eu estive a ver, ganharam à Croácia porque calhou assim, mais nada. E porque têm um jogador que não parece brasileiro, como Sócrates, Garrincha, Zico e Pelé não pareciam: Pelé parecia, aliás, nigeriano.
Refiro-me ao irritante, calmo, compensado e talentoso Kaká.

Tem sete jogadores a sério, o Brasil: Roberto Carlos (apesar do nome), Emerson, Kaká (apesar do nome), Cafú (apesar da idade), Lúcio (apesar da focinheira), Ronaldinho (apesar de tudo) e Dida (sem apesar nenhum).

O melhor de todos, o que eu queria no Sporting, era o Kaká, mas teria de mudar de "nick", kaká é panilas.

Das equipas que lá estão, só Portugal tem mais jogadores a sério que o Brasil. O problema é se Ricardo, Ricardo Carvalho, Costinha, Meira, Maniche, Figo, Cristiano, Paulo Ferreira, Nuno Valente, Tiago, Miguel, Pauleta, Petit, Simão, Postiga, Nuno Gomes, Boa Morte e Deco (entre os que faltam) vão conseguir engatar vários jogos, serem jogadores a sério todos ao mesmo tempo e nas alturas exactas.

O resto é treta.

Os iranianos podem fazer estragos, eu sei, mas isso é porque são um povo predisposto para a asneira e para os estragos fora do tempo e do lugar, mais nada. Nada que se não controle num dia normal de bola.
Os mexicanos, coitados, nem isso. Basta pensar que, se não estivessem eles no Mundial, ainda tínhamos de aturar as Honduras, ou assim, para sentirmos alguma ternura - e bastante pena - por esta equipa agitanada, que é cabeça de série por critérios de validade aproximados dos que constituem os EUA na quinta equipa do ranking da FIFA.

Aliás, o ranking da FIFA, hoje em dia, é menos fidedigno (e menos digno) que o "Guiness Book of Records" ("livro das gravações à base de cerveja", em tradução praticamente livre).

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