blog caliente.

11.5.06

A orquestra no fosso: e o solista?

Ela pediu-me para pensar em coisas muito concretas e da actualidade, em lugar de estar sempre concentrado em porcarias que não interessam a ninguém. Eu despedi-a (mas já lhe telefonei a tentar marcar-me outra vez, ela ficou de pensar; até disse "boi", bastante alto, antes de desligar, devia estar a ser incomodada por um anormal qualquer, uma coisa de trânsito, ou assim), não me pareceu que ela tivesse sido muito condescendente comigo quando me disse aquilo.
Bom.

Agora estou centrado e, tanto estou, que descobri a solução para a crise do Irão. A nova. Não é a do Iran-gate, é esta de agora, a crise da manipulação atómica.

Para já, não se manuseia assim um átomo. Nem vários. Um átomo é uma coisa muito pequena, constituída por coisinhas ainda mais pequeninas. Quem não gostar de Físico-Químicas e estiver quase a desistir de me ler (sim, é contigo, lolita) pode imaginar que um átomo é a bancada parlamentar do PP e que as partículas atómicas são aquilo que já se sabe, que eu até já aí pus, um dia, a fotografia de algumas, todas elas (e são poucas, no caso) nas respectivas orbitais e nos respectivos núcleos. Por exemplo, o Nuno Melo é uma espécie de neutrão; e o Almeida é um electrão estouvado, daqueles que andam a circular por ali, às voltas, convencidos de que têm uma valência positiva.

Ah! Valência! A Comunitat Valenciana é uma Catalunha em enjoativo. Pronto.

Claro: o problema é a cisão do núcleo. Mas isto levava-nos longe e ninguém tempo para decorar a tabuada enquanto usa calções, quanto mais para estas miudezas do adultério - que é a idade adulta.

Vamos directos ao Irão.
Não, bolas. Não comecem com coisas: ficamos aqui, vamos é ao tema. Sentadinhos, por causa do jet-lag (tradução: lago do jet; superfície aquosa no meio dum terreno qualquer, propriedade dum tipo com um pseudónimo ridículo).

O tema:
O Irão e o nuclear: uma ameaça.

Agora entram os violinos.
Zoing, zing, nhãaaaaaàc!
OK? Já está.

Hum.
- Ó Irão, tás bom, pá?
- Vamos andando, como Alá quer.
- Isso é bom. E a esposa?
- Bem, essa está com as outras...
- Isso é bom. E aquilo da energia nuclear?
- Bom, também não é assim, qual orgia, tás doido?
- LOL (Lorpa, O Lapantim!). Falava da energia, pá! Da nuclear!
- Ah! Disso!
- Pois, disso. Que vem a ser isso?
- É nuclear.
- Pois, também é bom, e tal. Mas podes dar garantias de que é só para fins pacíficos?
- O quê? Tu duvidas?
- Não, claro que não. Mas o que eu queria era, enfim, eu queria garantias.
- Ah! Se é isso, por Alá: tens a minha palavra.
- Mesmo?
- Mesmo, cão!
- Ah! OK. Então béu.
- Bye.
- Bai tu, mouro!
- Ã?
- Boca de rã!
- Frogs mouth?
- Não, já tive melhores dias... Agora, sabes como é, é cada vez menos...



Vou desistir, mas é, antes que ela caia na asneira de me perdoar.

View blog authority