As pioras
A série do ER que agora dá na 2 (hão-de interrompê-la, como sempre as interromperam, a todas a séries, mas eu depois arranjo os CDs e vejo sozinho o que faltar) mostra-nos a evolução dum hospital público a tentar gerir-se como se fosse privado.Os tempos do estoicismo ainda se mantêm, mas já se sente ali, em quase todos os que restam, o inevitável medo grande - o grande medo! - de fugir para a frente. Hão-de acabar todos por preferir recuar, por fugir para trás, por tomar Prozac e um calmante ligeiro, por morrer por dentro, para não terem de se fenecer nessa garrotagem de terem chatices com essa excelente geração - de grande utilidade - do controle de qualidade (que são as zebras da cavalariça, são as riscas nos cadernos limpos e sebentos que ostentam o nome da empresa ao alto, EP, SA, MDLPSPEA, o grilo inteiro e sua alface).
Chegou agora, lá, um pequenino. Mais um. Com aqueles olhos espertos de bacoco do costume.
Lá, é cá. Eu disse mesmo isto: lá é cá.
E digo, ainda, isto: olhos espertos em tipos pequeninos são -isso tudo - pequenas coisas (os olhos e os tipos), que deviam ser esmurradas com alguma força. De preferência com muita, mas sempre com intenção do hematoma simples.
Não posso ir mais longe senão morro na praia, naquela parte ainda sem pé, isto quem vem de lá.
Greene vai morrer. Como todos os médicos, como todos os carpinteiros de limpos, como todos os empreiteiros e, seguramente, metade dos irlandeses que ainda há.
Vai morrer e não faltam, para isso, quatro terças feiras. Nem sequer três quartas.
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