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4.5.06

Matemáticas difíceis

Uma coisa que nunca hei-de entender na minha terra é esta: tem, pelo menos, dois jornais pequenos para o país e, isto é que é triste, para a cidade. A qualidade dum e a qualidade do outro são iguais. Nada valem. Temos ali os velhos do costume, a parir o ideário bacoco do respeito doutros tempos. Temos os poemas e as prosas um bocadinho poéticas de meninas e meninos que hesitam - se ao menos a hesitação se dissipasse... - entre matar-se pelos tempos antigos ou pelos de agora. Temos os cronistas encomendados, que vivem (ou arredondam o numerário da sua vida) da encomenda.

Há putas destas em todo o lado, no mundo inteiro. E se a Régua é minúscula, se o país é pequeno, o mundo inteiro, esse, é uma mistura pequeníssima de coisas pequenitas que, salvo raras excepções, nem sequer na soma delas (das pequenezas todas) se engrandece: que o integral das pequenezas todas não é, nisto da vida, a operação inversa da derivada das tristes e pequenas funções originais. Eu, assim, percebo as coisas bem mas não me interessam grandemente.

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