blog caliente.

12.5.06

mas dou na mesma

Pois. Eu respondo-me.
Não somos mais que "boa onda" por coisas destas:

Ele diz "... que do outro lado da estepe, uma boa parte da esquerda ressequida tem ataques de asma de cada vez que se fala em deslocar funcionários públicos ou trabalhadores para zonas deprimidas do país".

Começa logo a azia pelo contraponto forçado entre "funcionários públicos e trabalhadores". É forçado. É uma graçola fora de tempo. É como dizer que "o Sporting não passa do Natal". Desculpem. É.

Depois, sendo eu funcionário público e cuidando-me trabalhador ao mesmo tempo - o que nem sequer envolve "tambéns" demais -, ainda por cima já me deslocalizei, por três vezes, desde os tempos em que Leonor Beleza pensou a Saúde em Portugal, para zonas tão deprimidas do país que, sinceramente, até eu fiquei um bocadinho deprimido.

Poderão, sempre, argumentar que "dizes isso porque não és da esquerda ressequida, homem!, eu falava dessa esquerda árida e gretada das geadas velhas, dessa esquerda quase sahariana, por conseguinte vem a meus braços, tonto amuadinho!".

Está bem. Não será comigo. Até porque não escuto no peito pieira nenhuma. E, em alguém me chamando aos braços, quase sempre vou.

Mas também não sou da outra esquerda, da que agora há, da que é assim mais ambidextra nas suas humidades.

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