blog caliente.

30.5.06

E bilhetes destes há sempre...

No Prós e Contras, espreitado só de esguelha e entre risadas dos miúdos a propósito doutra coisa qualquer, consegui ouvi Belmiro de Azevedo a estabelecer, em directo, mais uma verdade moderna.
Foi a propósito da OPA (é espantosa a capacidade que Belmiro tem de desencadear abundante salivação na classe jornalística, aliás: foi ele próprio que teve de lembrar à senhora que "isso tem que ver com o meio empresarial, com o mercado finaceiro, pouco tem que ver com a economia do País...", mais ou menos isto). Pelo meio do discurso sobre o rescaldo da OPA, lá veio ela, a verdade: " - ... aliás, o público soube entender-nos e apreciar-nos muito bem".

Cito de memória, claro. Não garanto as vírgulas nem a entoação.
Garanto é que não era ao jornal diário que ele se referia quando emitiu o substantivo "público". Embora se perceba que também o acha fácil de folhear, a esse.

Era a toda a gente. Pode haver quem caia no encantamento de pensar que ele se referia apenas aos pequenos accionistas da PT, mas não: é mais abrangente que isso. E, se fosse só isso, ainda seria mais redutor como perspectiva "do País", pensando bem...

Não há melhor nem mais justa maneira de transformar a vida num verdadeiro espectáculo do que esta: fazer do povo um imenso público, todo na geral, mirando os artistas no palco (ou nas cadeiras de orquestra, consoante o tempo e as marcações de cada companhia).

Palavra de honra que estou de acordo. Acreditem em mim! Eu sei o que se espera de mim! Não me chamem nomes, eu já sei, eu percebi!
Eu, a esta, até já a aplaudi do segundo balcão, nos lugares de rastos! Juro.

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