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24.5.06

Eu já sabia

Ontem só vi a segunda parte do Portugal - França.
Há já bastantes pessoas a fazerem mais uma quadratura do círculo, uma espécie de catarse simplória (como todas) acerca de Quaresma.
Uns dizem que este jogo sem chama do ciganito prova a razão de Scolari.
Outros sustentam que isso não prova nada.

Isto que esta gente diz parece esgotar o tema, mas não.

Mantenho que Quaresma ainda não deve ser uma aposta para confrontos de grandes, embora, de vez em quando (cada vez mais, mas devagar, como deve ser), tenha momentos celestiais. Mas não há céu todos os dias.
Mas não digo isto por uma má exibição (que nem foi assim tão má, foi mediana). Digo porque já disse e pelos motivos que já disse.

Acrescento que é preciso perceber muito pouco de bola para achar que, em dez jogos contra nós, esta miudagem francesa não ganha cinco, empata três e perde dois.
Jogámos contra a melhor equipa do torneio. Que diabo, não seguem as coisas da bola e falam dela? Não sabiam que era?

Quaresma será muito importante para ganharmos à Sérvia e à Alemanha. Não vai ser fácil, mas vamos ganhar. Eu sei.

E vê-se isto: há tipos na selecção francesa que são mais maduros, mesmo sendo mais novos, que Quaresma. Não queimem o rapaz querendo queimar (mal) Scolari.
O rapaz é muito bom. Falta-lhe ainda um bocadinho, em momentos decisivos, vem com o tempo. Ou não. Mas, a isso, só o tempo e o Quaresma poderão (se souberem) responder.

O público foi o costume: vão à bola como quem vai a um concerto. Esgotam-se nos preparativos. Daí para a frente, perdem tusa, já acabaram o seu trabalho histérico, passa tudo a ser com quem, de facto, é. Eles, aquela malta fixe que grita "Pertegale" para as câmaras, é só malta fixe. É só aquela "multidinha" histérica erigida sobre o monturo do folclore. Aí é mais fácil, no folclore, nos concertos "Rock in Quebradas de Cima", não é?
É, claro que é mais fácil. Que os concertos, salvas raras excepções, não são contra ninguém.
Vamos melhorar isto. Com Quaresma.

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