blog caliente.

21.4.06

O Alonso e a maluquinha das teclas (contrapontos)

Ando a estranhar o silêncio do Alonso.
Ou ele escreve qualquer coisa amanhã, em horas de expediente, ou telefono-lhe ao fim da tarde, a insultá-lo. Penso que o telemóvel dele tem caixa de comentários... digo, tem aquela coisa das mensagens.

Eu tenho, agora, a trabalhar comigo, uma interna que tem telemóvel. Bom, isso não é estranho, até eu tenho telemóvel, tenho até agora um com carências de blutuç, já contei isso ontem.
O que me faz espécie é que ela está, permanentemente, a receber mensagens escritas e a enviar mensagens escritas pelo utensílio. Perguntei-lhe, com descomunal desfaçatez (porque isto é o tipo de perguntas que os xovens aceitam mal, acham pouco bués, pronto), se aquilo era sempre a mesma pessoa; ela disse que sim. Não resisti a fazer-lhe um desafio: "olha, porque não vais ali para a sala de reuniões, aí durante uns dez minutos, telefonas à pessoa em questão, podes, até ligar do meu telefone, se estiveres sem saldo e, depois, voltas aliviada? Escusas de estar sempre a maçar-me, durante as consultas, com esse toque parvo, esse pipipipipi... não?".

"Que não", que não era a mesma coisa. Perfeitamente. "Então desligas essa merda, foda-se, e é já".

Desligou. Amuadita.
Se eu tivesse caixa de comentários tínhamo-la aí, esta noite, a chamar-me cabrão, ou assim.
Como não tenho, limita-se a pensar que sou um cabrão, apenas. Pensar faz bem.

Mas ando a estranhar o silêncio do Alonso, voltando ao "tratante frio". Não passas de amanhã, filho, e mais te vale atenderes do que obrigares-me a vociferar-te o meu protesto para a tua "caixinha" de mensagens. Tu escolhe bem.

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