Suspensa por um sinal da Santa Sé
Não porque simplesmente se trata da Santa Sé, mas porque a Santa Sé dá pontuais contribuições para o desenvolvimento, não só da mensagem ecuménica, mas também da economia portuguesa. O perturbador desvio em relação à regular gestão dos negócios acontece, impiedoso, quando a Igreja nos esmaga com a abordagem sacrossanta do debate, a impor-nos uma reverência que não escolhemos mas que se instala como o discurso possível; ou uma culpa pelo receio da heresia, que só com alguma disciplina mental se evita. Como se, lembrando-nos do divino omnisciente, nos forçassem a reconhecê-los, aos prelados que o representam, como a parte mais fraca num ambiente agnóstico, longínquo dos ditames cristãos.Até que, nessa escalada do transcendental, se desiste (por mero pragmatismo ou por crise de consciência moral) dos habituais meios de negociação para aguardar, com irritada paciência, o tal sinal, que seguramente há-de vir com marcada inspiração teológica, para nos arrasar de vez com a argumentação que, de simplesmente laica, passará a profana.
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