Comentários sobre os trabalhos de revisão à Lei de Bases da blogosfera
Como se sabe, aqui no blogame mucho desconfiamos seriamente da utilidade da instituição "caixa de comentários", da qual, de resto, nunca sentimos grande falta (ou nenhuma). Apesar disso, é preciso reconhecer que, de entre gente aleivosa, invejosa, sabujosa, mal amada e mal nutrida, há comentadores (eventualmente, até, compulsivos, para usar a expressão de Pacheco Pereira) que não só discutem com basta consistência e seriedade como, não raras vezes, superam em qualidade de análise o post em que gravitam. Presume-se que Pacheco Pereira não quis deliberadamente incluir este perfil de comentadores no rol de comportamentos viciosos e desviantes que descreve. A ser assim, não se entende como não os menciona, como exemplares de excepção, possíveis párias no mainstream da psicopatia dominante das caixas de comentários.A menos que queira fazer política blogosférica. Quererá, eventualmente, enunciar o seu décimo primeiro mandamento blogosférico, que poderá ser qualquer coisa como "a validade intrínseca da análise depende de quem a apresenta e em que contexto". Ora, como está bom de ver, este mandamento é valioso e é, sobretudo, estratégico.
Mas, como não podia deixar de ser, até as leis de Pacheco Pereira são universais; não é de admirar, por isso, que também ele se enrede, e tão apaixonadamente, no preciso vício ancestral que aponta de forma genérica e persecutória aos comentadores de blogues, esse do culto do maldizer inconsequente.
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