Prognósticos, só depois do resultado, mas ...
hipótese a): Não se atacam, fazem vénias recíprocas, dizem mal do Cavaco e pronto, tiveram ambos tempo de antena!hipótese b): Louçã vai com instintos assassinos, ataca o Alegre por se ter furtado à votação do OE e arrasa "as políticas de direita do PS", a ver se o Alegre se defende ou se defende o PS. Alegre, para não hostilizar o eleitorado BE, não defende o PS, mas também não contra-ataca.
hipótese c): Louçã vai com instintos assassinos, ataca o PS e Alegre, e este responde à letra, atacando o BE e o Louçã. Um verdadeiro duelo, enfim.
Acho a primeira hipótese difícil de se verificar. tirando as primeiras intervenções em que se fazem os salamaleques do costume e se protesta o "maior respeito democrático" pelas opiniões do adversário.
Hesito entre achar mais provável a segunda ou a terceira. Que Louçã vai querer atacar tenho poucas dúvidas. Afinal, ele está nestas eleições para reforçar a sua posição eleitoral na esquerda. Mas não sei se Alegre vai aceitar tratá-lo como verdadeiro adversário, ou se o vai menorizar, como fez Cavaco.
A meu ver ( mas o meu ver é o de quem, da Terra, vê um campeonato entre Marcianos e Venusianos) Alegre tem mais a ganhar se optar por "ir à liça". Afinal, aqui trata-se de disputar eleitorado, para se ir à segunda volta. Além disso, é com uma postura forte - na esquerda - que Alegre pode finalmente começar a desligar-se do estatuto de "candidato vítima-surpresa" e consolidar o estatuto de "favorito da esquerda".
Até porque, diga ele o que disser agora ao Louçã, o certo é que os votos que este tiver na primeira volta vão, direitinhos, para o candidato que combater o Cavaco na segunda volta ... se a houver.
Finalmente, porque já vai sendo tempo de termos um debate a sério, e não candidatos a cumprir calendário (debate Alegre-Cavaco) ou vitórias de Pirro, por falta de vontade/interesse de um dos presentes (debate Louçã-Cavaco).
Nota de rodapé:
É quando vejo pessoas a emitir juízos políticos (enfim...) ao mesmo tempo que brandem o jornal "O Crime" que recordo, com saudade, o séc. XIX e o sufrágio censitário. Um gajo que chama fascista ao Soares não devia poder votar, por manifestamente não saber usar, naquele personagem, insultos muito mais apropriados.
Aliás, em vez do sufrágio censitário clássico (com base na formação académica e posses próprias), acho que vou passar a pugnar pela inibição do direito de voto dos leitores d' "O Crime", d' "O Correio da Manhã", do "24 Horas", e d' "O Expresso".
Pensando bem, acho que só eu e o besugo é que devíamos votar. A lolita não percebe nada disto e o resto do povo, embora perceba alguma coisa ... percebe pouco.
<< Home