Pequenos crimes entre conhecidos
- Olá, Justino! Há quanto tempo não nos víamos!- Alberto! És mesmo tu, raios!
- Passei por aqui e lembrei-me de te procurar. Então que contas?
- Depende.
- Depende?
- Pois. Queres que eu te diga o que penso ou aquilo que estás à espera que eu diga?
- Não sei se te percebo...
- Bom. Posso dizer-te, simplesmente "está tudo bem! E tu, como tens passado?" ou, então, posso falar-te de mim e perguntar, se me apetecer ouvir-te, como está a tua vida. Isto tudo depende, claro, do que te apetece a ti, na mesma medida do que me apetece a mim.
- OK. Eu na verdade gostava é que me desses novidades do Tomás. Como é que ele tem estado?
- Queres saber do Tomás? OK. E, com isso, queres ajudá-lo ou simplesmente saciar a tua curiosidade sobre a desgraça alheia?
- Raios. Assim é difícil...
- Então, mas afinal ao que vens? É para desejar as boas festas?
- Bom, era isso, pois, e saber...
- Caríssimo Alberto: um excelente ano para ti também.
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