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17.10.05

Sobre quintas

Numa quinta-feira qualquer (os semanários saem em que dia, é à sexta?) Cavaco virá anunciar uma de duas coisas: que se candidata à presidência da república ou que, pelo contrário, não se candidata.
Ai não há esta dúvida? Nunca a houve, portanto?

Quem afirmar, garantir, jurar, eu sei lá que mais, que Cavaco é, inevitavelmente, candidato, passa-lhe um enormíssimo atestado de menoridade mental. De bobo da corte.

É o mesmo que admitirem que o homem tem andado a gozar com isto tudo. Que, de facto, nunca ponderou nada que se visse, que sempre soube. Apenas não disse. Apenas brincou às hesitações e às reflexões, primeiro; e, depois, sorrindo daquela forma rígida de quem tem um tétano a comer-lhe a alma, aos "timings".

E, a ser assim, em não sendo isto uma república das bananas, eu sugiro que se passe toda a campanha (que parece que vai ser "pequena e eficaz", diz este senhor *) a repetir-lhe que há uma grande diferença entre um tabú (que é uma merdice qualquer que parece que ele tem na cabeça, em permanência, e parece que há quem goste dele assim, mas também há quem goste do Beto, paciência) e uma figura ridícula de "brincalhão com coisas sérias", que é a figura que ele tem andado a fazer. E a atirar-lhe às austeras e severíssimas feições (tão semelhantes às de Tino de Rans, na essência estética) que se comportou com uma absoluta falta de respeito pelas pessoas. Excepto pelas que acham graça a esta espécie de chicana legitimada, que essas merecem todo o tipo de enxovalhos que dali se derrame.

* - Luís Delgado, a não lhe terem deturpado o texto que li hoje, não se limita a ser aquilo que tenho dito dele. É pouco. Passa a ser candidato a uma bolsa de estudo para ver se se consegue que repita o caralho da quarta classe, nem que seja por disciplinas, num sítio qualquer onde ainda haja palmatórias de "cinco olhos".

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