blog caliente.

1.9.05

I believe I can fall, e assim

Não sou polido. Uso palavras, às vezes, que poluem.

A poluição, como sabem, por outro lado, é um problema alternativo, despiciendo, desde que a próxima peça do La Féria tenha sucesso e desponte aí, de vez, aquela Inês que dantes se rapava. Em lugar de despontar de vez, rapou-se antes. Dá jeito.

Ou seja, o meu léxico alternativo é um problema alternativo. Não me liguem quando estou assim que eu amanhã conto-vos tudo sobre o Romualdo.
Para já, o Romualdo está a morrer e, como de costume (quando estão assim) não sei mais que lhe faça. Tem uns familiares que residem numa grande capital europeia (como Mourinho reside, desde que vende bem), que se limitam a uma sentença sem trânsito em julgado: "em Portugal, os médicos não sabem nada! Queremos é saber se é para ir já ou se podemos adiar para a semana".

Eu não lhes disse, mas é melhor virem antes. Munidos de médico pago por companhia de seguros (há-os, em capitais europeias, enfeitam muito, enfeitam mesmo cidades mais pequenas) e de questionário: como falece meu pai assim, só porque tem o fígado destruído por ramificações dum cancro? Isto só em Portugal!

Pois só. Quase à borla é mesmo, quase, ainda, só cá. E sem dores, suprema aleivosia. "Pois, se ainda há dois meses estava tão bem! Filhos da puta, que lhas tiraram, mesmo às dores de estar demasiado vivo à espera da morte, nem isso lhe deixaram!".

Eu sei. Se sei, meu pequeno deus que me embalas, sempre, o sono escasso. Sei disso tudo, e farás o favor de me desculpar: que eu nem ando de avião nem voo.

Querem mesmo saber quando devem vir daí, donde tudo é claro e salvador? Ontem, cedinho, penso eu.
Venham na primeira honestidade que sair de Heathrow anteontem, se conseguirem.

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