Faltava a do sangue...
Bolas. Vamos a ver se sou mais claro.Tu, lolita, dizes que eu digo isto: “um casal (lembro, heterossexual e infértil) não está moralmente legitimado para protestar ou discutir a adopção por casais homossexuais”.
Mas eu digo é isto: está legitimado mais do que moralmente, está legitimado pela Constituição! Eu é que acho bizarro, estranho e egoísta. Mas legítimo, claro. Vão em paz, no que depender de mim, egoístas legitimados. Fui claro?
É claro que se pode discutir tudo.
Eu adoro discutir.
Mas enquanto os “problemas que nos preocupam a todos” forem equacionados na sua vertente dúplice, no excelente estilo “calma aí: eu não contribuo para a resolução, embora pudesse, mas eis-me aqui a contrariar esta outra peregrina hipótese solucionática, porque posso, porque quero, porque tenho esse direito!”, enquanto for assim, cumprem-se os preceitos constitucionais e não há atropelo ao livre arbítrio. O que é bom e a gente dorme descansadamente com os nossos gatinhos. Sem resolver nada.
Preconizo, mesmo, que se diga isso às criancinhas: “meu pequeno amigo, minha querida amiga: ides ficar aqui, ainda, neste excelente asilo, nesta acolhedora instituição, porque nós ainda estamos a discutir as discussões. Ficai calmos e confiai: há imensa gente a pensar em vós e por vós”.
Quanto à tua história do sangue: felizmente vivemos num país em que, quem não dá sangue, pode recebê-lo, se dele precisar. Sabes porquê? Porque o dão outros, por ele.
Continuo, eu também, lolita?
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