Doses
Eu continuo a pensar que, apesar de tudo, em havendo drogas que são vendidas livremente, é melhor estar lá o técnico, ou o farmacêutico, a fazerem esse tipo de perguntas de que fala a lolita, antes de as vender. Mesmo que estejam apenas a "cumprir calendário" e a enfastiar os "comprantes", que sabem muito bem o que querem. É que há muita gente que não se dá ao trabalho de ler as bulas e, um dia destes, pela mão dum iluminado qualquer, há-de haver uma jovem qualquer com enxaqueca que há-de tomar paracetamol ou salicilados a mais e (embora o problema seja dela, evidentemente) vai acabar por processar o estado (ou a grande superfície em que se abasteceu) por não ter sido avisada de que tudo na vida é bom se for na dose certa (às vezes é zero, admito) e pernicioso se for em exagero. E o corpo (de que faz parte o cérebro, cuido eu, salvo filosofias novas) é que determina essas dosagens. Não é, sequer, a moral, nem mesmo os bons costumes.
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