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14.4.05

Temas de reflexão...

... para o Alonso, caso passe por aqui entretanto, e para o besugo, que saberá encontrar, de todos, aqueles em que o barrete lhe serve:

1. Porque será que o CDS-PP não se indignou pela falta de equidistância do PR quando ele disse o que pensava da Constituição Europeia (tema esse, lembro, também sujeito a referendo)?

2. Serão os eleitores tão desinformados e permeáveis a influências ao ponto de alterarem o seu sentido de voto se um eleitor que, por acaso tem notoriedade e é Presidente da República, diz publicamente o que pensa do assunto?

3. O debate sobre o aborto e a legitimidade para influenciar os resultados de um referendo são da competência exclusiva de quem ou de quê? Dos partidos, das associações pró-vida e pró-direitos das mulheres ou de todos os potenciais votantes?

4. Porque é que o nóvel Presidente da Conferência Episcopal pode dizer publicamente o que pensa do aborto e Jorge Sampaio, Presidente laico de um Estado laico, não o pode fazer?

5. D. José Policarpo: porque nos abandonaste ao Urtiga?

6. Será possível que Jorge Sampaio, ao referir as "mães em situação difícil", se esqueceu de falar no feto ou, pelo contrário, não o referiu porque essa é justamente a questão fundamental que motiva a discussão da IVG?

7. Lembrar-te-ás tu, Alonso, que, no último (único) referendo, ganharam os abstencionistas? Aqueles eleitores de quem nunca se saberá se lamentam mais a morte do feto, a situação difícil da mãe, ambas ao mesmo tempo, ou nenhuma delas?

8. Desde quando a "propriedade da barriga" é argumento relevante para discutir o aborto, se tirarmos o Bloco de Esquerda, a Maria Teresa Horta e respectivas seguidoras (de ambos, incluindo a pequena Ana Drago)?

9. Conseguirás tu, Alonso, evitar polvilhar os teus escritos de demagogia subliminar pró-vida? (boa tentativa, essa de "vitimizar" o assunto "feto" como questão esquecida..)

10. Conseguirás tu, Besugo, esquecer por escassos momentos a vitória do Sporting e dedicar alguns dispersos minutos a questões quase tão relevantes como a Taça UEFA?


Aguardo reacções (ou reflexões).
Entretanto, vou ver se entendo porque é que o José Sócrates acha que o seu governo é sóbrio e, sobretudo, porque é que acha que isso é bom.

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