blog caliente.

12.4.05

O povo é sereno.

Se eu soubesse que anulando todos os meus boletins de voto ( e já me passaram uns poucos pelas mãos) "o país não ia pá frente"... caramba! Anulava-os a todos.
Escrevia lá, em todos eles, excertos do pensamento político de António Borges. Anulava-os quase todos. Não digo todos porque me parece que o pensamento político de António Borges ainda não dá para mais de cinco frases... Corrijo, pronto: digamos que anularia os meus votos futuros. Em correndo a coisa bem, claro.

Em alternativa, escreveria, na diagonal maior do papelucho, a frase "deixem-me trabalhar!", que o teu ídolo Cavaco Silva inventou. Anularia votos desde... hum... deixa ver... desde 1987. Aliás, essa frase foi, aqui há atrasado, adaptada pelos lampiões, transformando-se em "deixem jogar o Mantorras!". Esta frase anulou, eficazmente, várias tentativas de me manter sério em programas desportivos.

Não, a sério, palavra de honra: eu gosto de Portugal conforme está e no sítio que está. Penso até que, a quem não estiver cá bem, deveria ser entregue um disco antigo do António Variações, essa dantes instável criatura (ou, em alternativa, uma colecção dos Xutos, com músicas da época anterior ao branqueamento dentário do Tim), com desejos de boa viagem. Para a frente, evidentemente. Quem sabe, se calhar cabe mais gente na Madeira, põe-se um motor naquilo, à ré, que é como quem diz, na ponta oriental do penedo, fixa-se o leme rumo aos mares ocidentais...? Não, porquê?

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