blog caliente.

14.4.05

Senhor Professor Machado Vaz, e desculpe a franqueza

Este blogue não tem comentários. Isto já foi dissecado e achamos melhor que se mantenha assim. Uma "caixa de comentários" é um recipiente estranho. Eu posso explicar isto melhor, se me perguntarem. Mas não perguntam, porque - lá está - não há aqui essa caixinha. Talvez eu explique mesmo sem perguntarem, num esguicho qualquer.
Bom.
Como não gosto de comentários na casa dos outros (vá lá, é ou não verdade que, quando comentamos "na casa dos outros", dependemos dos outros para que o nosso comentário permaneça? Dependemos, pois!), como eu dizia, como não gosto de comentários na casa dos outros, comento sempre aqui, independentemente de o meu comentário ser lido (ou não) pelo destinatário.
Digamos que comento o outro apenas para mim, se tiver de ser. E, se calhar assim, calha-me bem. Na mesma. Mas faço o "link". Isto é normal, não é? Para que se saiba do que falo, de quem falo, com quem estou a querer falar. Mesmo que fique a falar sozinho, o problema não é meu, percebem? Pelo menos, não é todo meu.
E eu acabo sempre por falar com quem quero.

Li, no Murcon (aproveito para sugerir ao Professor uma correcção: no Porto não se diz assim, diz-se "murcòum", o senhor deve andar a conviver demais com a moiraria "encarnada", depois dá nisto...), o seguinte:

"Sobretudo, verifico que uma nova paixão não implica a certidão de óbito do amor reinante. Que acham vocês?".

Eu acho que implica. As relações nunca acabam, eu também leio livros e respiro o meu bocado de ar puro, quando posso. Mas as certidões de óbito são registos importantes. Sobretudo para quem fica saber com o que conta.

Fique-se com esta, sempre a considerá-lo, e veja lá se me dá os parabéns quando formos à Luz festejar o terceiro título deste curto século.

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