Ainda é cedo.
Assolou-o, sacudiu-o e instalou-se, sem aviso, a provavelmente maior tragédia de todas as suas tragédias. Impôs-se-lhe, subtraíndo-lhe cerca de metade de si. Passou, por isso, a saber da certeza do irremediável e da ténue esperança do reversível, não se sabe ao certo em que proporções. E, no ponto actual do seu trajecto, que conheço de longe, ainda é um velho novo: ainda não esgotou nem os projectos exequíveis, nem os desejos impossíveis.O Volvo azul ficará parado na garagem, não se sabe até quando. Ainda há menos de um mês dizia, cheio de sonhos de jovem idoso, que gostava de o trocar por um carro mais pequeno.
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